Belo Horizonte, 02 de fevereiro de 2010.
Minha querida filha Marisa,
é com muita alegria que lhe conto que hoje finalmente saiu aquele emprego de que tanto lhe falei: - Vou trabalhar como vigia de uma galeria! Por enquanto vou trabalhar somente durante o dia, mas segundo o proprietário, semana que vem eu começo a dividir a escala da noite com o outro vigia.
Desde quando saí da Vale (do Rio Doce) que venho tentando arrumar trabalho e esse parece ser muito bom!
A galeria fica perto da rodoviária, na esquina da Rua Saturnino de Brito com Contorno, onde era o hotel São Cristovão. Depois do falecimento da antiga dona do hotel, os vendedores de crack retornaram ao local, o que levou os herdeiros a venderem o prédio pro proprietário dos dois imóveis do lado. Dizem até que foi barato...
Só espero não ter problemas com os lavadores de pára-brisa do sinal em frente. Seu Geraldo (mecânico que trabalha na oficina ao lado) me disse que são todos “gente fina”, que não causam problemas mas, sabe como é, né? Malandro não se acerta!
Foram longos meses de espera por essa oportunidade, se não fosse a ajuda sua e de seu esposo, não sei o que seria de mim aqui na capital. Diga a meu genro que lhe enviarei todo o dinheiro que me emprestou assim que receber minha primeira fatura, com muita gratidão.
Desde o dia em que recebi sua carta com as fotos da minha netinha que sinto uma saudade enorme de Chalé (MG). Adoro essa cidade e o dia que der, voltarei pra perto de vocês.
Me lembro sempre de sua mãe. Que Deus a tenha.
Continue me escrevendo sempre porque suas cartas são minha maior alegria aqui nessa cidade.
Com amor,
Jorge
segunda-feira, 15 de março de 2010
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