Como já havíamos relatado anteriormente, nosso grupo optou por realizar uma intervenção que conservasse o ‘espírito’ politizado do D.A, a fim de manter viva a história do lugar. Portanto, não realizamos nenhuma mudança radical na estrutura e nem na fachada do edifício, pois o que realmente queríamos era ‘modificar’ a área interna, criando uma melhor e mais proveitosa reorganização do espaço.
Em nossa intervenção, a parte externa do edifício recebeu uma nova pintura e as paredes de concreto passaram a abrigar uma exposição de charges de cunho político. O pavimento térreo (antiga garagem do edifício) apresenta pilotis, o que nos possibilitou transformá-lo num local aberto para circulação e convívio das pessoas. Assim, dispomos alguns bancos, criamos um jardim e uma área de recreação a fim de efetuar a integração deste ambiente com o espaço periférico.

No primeiro pavimento – lugar onde antes funcionava o refeitório da FUMP criamos um ambiente aconchegante, no qual se situa um Café, com exposições sobre a história dos principais movimentos estudantis brasileiros, e uma pequena biblioteca para eventuais consultas sobre esse tema. Assim, dispomos no espaço mesas, sofás e pufes, para o conforto dos frequentadores. Decoramos o teto com imagens de jornais e colocamos um piso quadriculado de preto e branco em todo o espaço. A cozinha e a dispensa do Café foram projetadas para atender as necessidades do mesmo.


Já no segundo pavimento, projetamos um auditório para a realização de palestras, debates e eventos em geral. Duas salas e um ateliê foram criados para abrigar cursos diversos, como curso de história política, línguas, teatro e oficinas para a população.O espaço conta também com uma secretária e recepção para dar assistência a tais prestações de serviço. O restante do local foi transformado numa ampla sala de convivência, que tem um clima semelhante ao de um DA. Esse clima se dá, principalmente, pela presença de painéis, fotos e outros elementos que nos fazem ‘retomar’ e entender melhor o passado de forma pragmática. Os banheiros e demais espaços no interior do edifício atendem também as pessoas portadoras de necessidades especiais, como cadeirantes, e um elevador também foi criado para isso.
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