Belo Horizonte, 15 de fevereiro de 2010.
Filha, estou lhe enviando uma foto de sua mãe que encontrei no meio de umas tralhas velhas que resolvi arrumar. Como vocês são parecidas! Desde 2001, quando ela se foi, que eu não sei mais o que é companhia. Ás vezes me pego pensando em como seria se ela estivesse aqui comigo, trabalhando também, nós dois recebendo as fotos da Maria Eduarda, ela feliz, com aquele sorriso lindo dela. Ai, que saudade... Ela teria muito orgulho de ver você assim, independente, casada, mãe carinhosa.
Você e o João já se decidiram se virão mesmo me visitar? Estou com saudades de vocês, e quero muito conhecer minha netinha de perto. Ela é uma graça nas fotos, deve ser ainda mais linda pessoalmente.
Me escrevam pra marcar uma data, tenho que ver com o patrão se terei uma folga pra gente poder conhecer a cidade juntos. Pra vocês verem os prédios enormes do centro, as praças com fontes que jogam água pra tudo que é lado, é tudo muito bonito. Nos domingos tem uma feira no centro, que deve ter mais gente que na nossa cidade inteira! É uma “muvuca” danada, cheio de coisas interessantes, que os próprios vendedores fabricam.
Anteontem o Carlos (o outro vigia) me contou que pegou um moleque roubando dentro da galeria. Ele tentou roubar uma camisa da loja 3. Não entendo porque esse povo tem que roubar! Eu passei mais de 6 meses desempregado e jamais pensei em tirar nada de ninguém. Tudo o que tive foi com a graça de Deus e a ajuda de vocês.
Me mandem mais fotos da Maria, para guardar comigo na minha carteira.
Um beijo grande, Jorge
segunda-feira, 15 de março de 2010
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