Escolhemos,por fim, a estante.
A idéia da estante começou com o desenho de uma prateleira, que seria fixada na parede e seria estruturalmente fixa, gostamos da idéia assim, mas ao pensar o projeto percebemos que seria possível fixá-la na parede, mas isso demandaria materiais específicos, como parafusos e buchas de tamanhos especiais, a perfuração da parede teria que ser demasiadamente profunda, o que possivelmente danificaria os contornos do local perfurado, enfim, decidimos trazê-la para o chão, sem necessidade de fixação na parede.
A idéia consistiu em replicar as travessas mais largas do banco militar, formando espaços estratificados que estruturariam a estante e os sobrepor e multiplicar para montar o objeto em si, dessa proposta, porém, o problema era se fosse necessário colocar um objeto bem pequeno nesses espaços estratificados, para resolver isso, usamos também o assento do banco como espaço de prateleira. Com o pensamento de tornar a peça mais maleável a utilização, decidimos fazê-la inteira de pinos para montagem, ou seja, ela pode ser montada de qualquer forma, conforme a criatividade e o interesse da pessoa que a monta.
Na escolha de materiais, decidimos por manter a mesma proposta de Rietveld para a linha militar, justamente por ser uma linha, desenvolvemos a intervenção para que essa dialogasse com os demais objetos (o banco, a cadeira e a mesa), fosse complementar aos demais. Então o material proposto é a própria madeira, porém acreditamos que o plástico seria uma alternativa também.
Resolvemos inovar no processo de construção ao invés de fixar as partes com parafusos substituímos por pinos de encaixe, justamente para que fique fácil de ser montada e de ter a forma alterada, remetendo a idéia de Rietveld de fazer sua mobília acessível a todos e de fácil entendimento e construção.
Transformamos assim o Banco Militar em uma Estante Militar desmontável, flexível à vontade, necessidade e criatividade daquele que a experimentar.


Material sugerido: madeira, no caso, peroba mica e pinos de madeira.
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