terça-feira, 16 de março de 2010

Análise final

Depois de procurarmos, analisarmos e fazermos mais parte da cidade, sempre surgem perguntas do tipo: a qual cidade pertencemos agora? De que tipo de cidade? Que lugar ocupam as pessoas na cidade? Que novas relações estabelece a cidade com as comunidades que agora nela se instalam? Serão os espaços vazios da cidade metaforicamente equivalentes ao espaço vazio de um palco, onde novas relações e novas ficções podem acontecer todos os dias? Que novo Património é este que se cria a partir daqui? Que nova Humanidade é esta que queremos construir na Cidade? Quais são as intervenções possíveis a serem realizadas para bem em comum? O que realmente é esse espaço vazio?


Essas perguntas são rapidamente respondidas nos seguintes pensamento:

VAZIOS URBANOS

O espaço urbano me remete a imagem da cidade, lugares adensados, populoso onde acontecem as coisas... Quando colocado à palavra VAZIO na frente do urbano todo aquele espaço urbano pensado inicialmente vira um grande nada. Vindo em minha cabeça um “espaço nada” em vez de vazio urbano. É um pouco daquela nossa discussão do texto do Neander onde os vazios urbanos são os não-lugares, espaços que às vezes existem, mas não acontecem nada, as pessoas não tem uma vivencia ou uma experiência naquele local ate mesmo podendo ser apenas um lugar de passagem.
O projeto do Breno e da Louise dos LOTES VAGOS me faz pensar muito sobre esses vazios urbanos, que é uma realidade das cidades. Esses lotes onde não acontecem nada são pontos privados de abandonos e de uma maneira “inovadora” e desafiadora eles criam uma nova experiência, um jeito novo de experimentar aquele espaço, criando uma vida, tornando os lotes espaços públicos temporários de uso coletivo. Onde o grande barato dessa proposta não é envolver só o lugar, mas a maneira de cada um se apropriar do espaço.


Aline Merotto


Vazio Urbano e seu potencial

O vazio urbano às vezes invisível ao olhar minucioso, corrido e massacrado pelo tempo, que passa pelo olhar do pára-brisa de um carro ou de um ônibus, que mesmo próximo não se conecta, com os lotes vagos, como Belo Horizonte que planejou expandir em uma direção e expandiu fortemente em outra.
“Desde o início da formação da cidade, as camadas de mais alta renda de Belo Horizonte se expandiram na direção sul e nela se mantêm até hoje. Belo Horizonte mostra exemplarmente como essas camadas não abandonam sua direção de crescimento, mesmo quando a ação do setor imobiliário e do estado tentam demovê-la disso. Foi o que ocorreu com Pampulha, que se localiza na direção oposta àquela.” (VILLAÇA,1998:200).
Ocupar os espaços vazios e da-lo um novo sentido é transformar um ambiente no próprio beneficio de seu entorno. O projeto Amnésias Topográficas do Grupo teatral de rua Armatrux de Belo Horizonte (que convidaram os arquitetos Carlos Teixeira e Louise Ganz para colaborar em sua montagem) propuseram transformar lugares negativos como as palafitas que ocupam edifícios nas partes montanhosas de BH em palcos de apresentações.

O vazio urbano às vezes é ocupado por sem tetos, comércios informais, matos, etc., podendo esconder dentro de um único espaço – ou dentro de uma situação – potencialidades que mesmo irreconhecíveis faz parte de um cotidiano comum.
O potencial citado, muitas das vezes retorna como ocupações inteligentes, tais como cultural (cinematográfica, teatral, artística em geral), e propostas de espaços simples e necessários, ambientes como jardins, lugares de descanso e lazer.



Bibliografia
Textos e imagens
Link Projeto (PDF): http://reabilita.pcc.usp.br/Palestras/17_Projeto_Habitar_Belo_Horizonte_Ocupando_o_Centro.pdf
Blog: Novas teorias

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